Oficina sobre o Nome próprio

16/05/2011 00:57

A OFICINA SOBRE O NOME PRÓPRIO

 

Textos utilizados para leitura e discussão:

Texto "O nome próprio". In: MARTINS, Francisco. Da gênese do eu ao reconhecimento do outro. Editora UnB: Brasília, 1991.

OBS.: Texto disponível em pdf. no item "portfólio" do site.

 

O sentido do nome próprio

Qual é a importância que damos ao nome próprio?

O que você acha sobre isso?

Escreva suas idéias sobre o nome....

Imagine como seria se não existem nomes para designar as pessoas e nomes?

 

Nome: o que é isso?

Texto de referência discutido em sala de aula: "Nome: o que é isso?" in: RUSSO, M. de Fátima. O sentido do nome próprio na aprendizagem da leitura e da escrita. Editora: Olho D'água, 2000.

 

Se ficarmos pensando muito tempo sobre o "nome" começamos pensar e questionar sobre sua invenção. Porque acreditamos que um objeto é aquilo relacionado ao seu nome? Eu ja pensei nisso muito antes de ler esse texto, antes de pensar em cursar Pedagogia. Eu costumava pensar assim: porque a cadeira se chama cadeira? Porque essa coisa que sentamos tem que ser chamado de cadeira e não de outra coisa? Como nunca obtinha resposta, deixava a idéia de lado e ia pensar em outra coisa.

Mas ao chegar na faculdade nos deparamos com a questão do nome novamente. O nome próprio também é uma coisa engraçada. E para melhor entendermos isso e podermos conversar com mais fundamento... Precisamos ler o texto "Nome: o que é isso?"

figura 1: Fragmento retirado do texto citado acima.

 

PRODUÇÃO TEXTUAL

 

Agora é hora de colocar suas idéias para o papel: Escreva um texto com SUAS idéias sobre a Importância do Nome próprio para quem nomeia e para quem é nomeado.

 

Dica da Monitora

Se você já escreveu seu texto, mas depois de escrito e revisado você achou que poderia ter escrito outra coisa... então, ESCREVA!

Quando escrevemos um texto sempre terminamos quando colocamos o ponto final. Colocar o ponto final dá a idéia que o texto não pode continuar. Que não pode ser alterado.... Mas isso é algo que precisamos, o mais rápido possível, deixar de pensar e fazer assim! Pensemos que o ultimo ponto é apenas, um ponto provisório, porque o texto pode SIM, ser alterado, continuado quantas vezes você quiser. Escrever mais (depois do ponto final) não significa que o que haviamos escrito antes estava ruim, mas sim que, o que escrevemos, sempre pode ser melhorado.

Se você quiser escrever seu texto outra vez, então escreva e apresente a primeira versão do texto e a segunda (ou terceira, quarta, etc.) no seu portfólio.

 

Texto complementar

 

Teu Nome

Vinícius de Moraes

Teu nome, Maria Lúcia
Tem qualquer coisa que afaga
Como uma lua macia
Brilhando à flor de uma vaga.
Parece um mar que marulha
De manso sobre uma praia
Tem o palor que irradia
A estrela quando desmaia.
É um doce nome de filha
É um belo nome de amada
Lembra um pedaço de ilha
Surgindo de madrugada.
Tem um cheirinho de murta
E é suave como a pelúcia
É acorde que nunca finda
É coisa por demais linda
Teu nome, Maria Lúcia...

 

Curiosidades

 


 

Vinicius de Moraes

 

Marcus Vinícius da Cruz de Mello Moraes - o diplomata, o letrista, o cronista, o poeta, o boêmio, o homem apaixonado. Eis aí algumas das personagens contida em nosso múltiplo Vinícius. Você as conhece? Qual delas acha mais importante? Clique no botão "mais" para saber mais sobre o poeta.

 

 

mais

 

   

 

A influência da primeira letra dos nomes das pessoas na sua personalidade

 

Com que letra começa o seu nome ? Cada letra tem um som e cada som transmite uma energia que influencia, e muito, a personalidade de uma pessoa. Procure a inicial de seu nome ou de seus amigos e descubra o que ela tem a dizer:


A - Dona(o) de uma personalidade ativa e decidida, você é uma pessoa cheia de energia, sempre pronta a se lançar em alguma aventura. Uma vida sem desafios, para você não tem a menor graça. E como também é um(a) líder nato(a), acaba arrastando os outros com o seu entusiasmo. Só tome cuidado para não se tornar um(a) cabeça dura…

B – Você é do tipo que sabe o que quer, e sempre chega lá. Embora viva em busca de prazeres, é muito preocupada com a segurança financeira. Tem hábitos enraizados, uma memória excelente e adora dividir suas experiências com alguém, de preferência com seu amor. Seu aprendizado é lento, mas profundo: depois que aprendeu, nunca mais esquece.! O lado vingativo? O risco de se tornar teimoso(a) e ciumento(a ).

C – Criativo(a), amável e expressivo (a), você é uma pessoa cheia de charme e com uma dose incrível de curiosidade. Tem a maior dificuldade de se concentrar no que está fazendo e não consegue guardar suas idéias só para você: precisa compartilhar tudo com os outros. Festas? Voce adora, e está sempre de bom astral. O único perigo é exagerar a dose e se tornar nervoso(a), quieto(a) e pouco fofoqueiro(a). Mesmo porque você adora “enfeitar” a realidade.

[...] PARA SABER MAIS, clique na palavra a seguir: mais

 

Grafia de Nomes Próprios

Você sabia que...

Os nomes próprios, como qualquer palavra da língua, estão sujeitos às regras ortográficas? E que portanto, existe uma forma considerada correta para se grafar esses nomes?

Na prática, apesar da vigência do Acordo Ortográfico de 1943, o cidadão pode portar o seu nome do modo como foi registrado. Além disso, muitos nomes registrados antes dessa data são escritos e aceitos à sua maneira. A alteração do nome para a forma correta pode ser requerida ao Judiciário, num processo relativamente simples. Esse recurso não se faz necessário quando o problema for simplesmente o acento gráfico: quem foi registrado sem o acento devido, ou com um acento desnecessário, pode corrigir por conta própria a grafia de seu nome, uma vez que não é um detalhe que prejudique a sua identificação civil em documentos. O acento não é levado em conta na caracterização do nome do indivíduo; por isso, o melhor é sempre acentuar de acordo com a regra de acentuação que estiver vigorando, independente do registro civil.

Observe na relação seguinte alguns nomes próprios representados de acordo com a grafia oficial:

 

Aírton Baltasar Filipe Isa Lis Miriam Taís
Alcântara Cardoso Heitor Isidoro Lisa Morais Teresa
Anderson César Helena Jacira Luís Natacha
Ângelo Elisa Hilário Jéferson Luísa Priscila
Antônio Ênio Inês Juçara Luzia Rosângela
Artur Félix Íris Juscelino Marisa Sousa

 

Sugestão de filme

 

Nome próprio

Camila (Leandra Leal) tem a escrita como sua grande paixão. Intensa e corajosa, ela busca criar para si uma existência complexa o suficiente para que possa escrever sobre ela. Ela escreve compulsivamente em um blog, só que isto faz com que também fique isolada.

Ficha Técnica

Título Original: Nome Próprio
Gênero: Drama
Duração: 130 min.
Lançamento: Brasil - 2008
Distribuidora: Downtown Filmes
Direção: Murilo Salles
Roteiro: Elena Soarez, Murilo 

CRÍTICA - NOME PRÓPRIO -  “A intensidade é uma doença contagiosa. E eu não concebo uma vida sem contágios”. Esta é uma das frases ditas por Camila (Leandra Leal) que faz com que queiramos ficar na cadeira e assistir às 2 horas de martírio no qual a protagonista está mergulhada.
Camila é intensa, inconseqüente, impulsiva. Seus valores não são os mesmos de garotas da sua idade. Embora não seja revelada a idade da personagem, supõe-se que ela não tem bagagem suficiente, para tanta intensidade. Mas isso é medido pela idade? Para Camila não há valores a serem seguidos. Apenas o desejo de ser – qualquer coisa que preencha o vazio que a domina – e o de escrever.
A protagonista camufla sua vida pessoal e a de escritora para narrar uma experiência pessoal e intransferível. A falta de amor é a mola propulsora para toda gama de frustrações que a absorve e engole seus dias. Sem passado, sem perspectiva de futuro, para que a vida tenha mais importância, o momento presente conta mais. Sua escrita é visceral, confessional e raivosa. Por vezes decadente, por ora frágil, outras imatura, o que vemos na tela é um retrato parcial de uma “galera” apaixonada por remédios, alucinógenos, bebidas alcoólicas e qualquer outro produto que os faça deixar de lado a consciência, para assim, agirem por impulso.
Deixe de lado toda a polêmica que envolve o filme de Murilo Salles e a escritora Clarah Averbuck – escritora no qual seus livros “Máquina de Pinball” e “Vida de Gato”, além de textos em seu blog, que serviu de fonte inspiradora para o roteiro – e vá ao cinema ver com os próprios olhos a descida ao inferno – parece exagero dito assim, mas não penso em outra metáfora – da garota auto-destrutiva, sem eira, nem beira.
O filme de Salles não facilita, incomoda pela crueza com que expõe sua personagem como que querendo devassar cada canto do apartamento vazio que Camila reside. Curiosamente preenchemos aquilo com tudo o que Camila não é, e nem tem. Esse paradoxo faz com que o filme inquiete o espectador, propondo assim uma revisão dos próprios valores e escolha.
Vale transar com o namorado da amiga? Vale expor fotos nuas de outra amiga na internet? Vale transar com quem não se sabe o nome? Vale curtir uma paixão on-line? Vale abusar de alguém para obter moradia e segurança? No mundo de Camila tudo vale desde que seja espontâneo e necessário, mesmo que isso a torne um simulacro de si mesma. Tão tênue é a linha que separa as duas Camilas que vemos no final, que se torna impossível desassociá-las. Somos muitos.
Qual a pior das traições? Trair um sentimento que permanece efêmero e invisível. Algo como amor e cumplicidade. Ou trair a carne, cedendo o corpo aos desejos animais mesmo que isso possa magoar o outro. Trair a si mesmo ou ao outro, o que é pior?
“Nome Próprio” é um mergulho no universo de uma escritora precoce que fez/faz de sua vida, material para sua literatura. No filme de Salles a escritora Clarah que já declarou não se vê no filme, lembra o escritor Caio Fernando Abreu, que também fazia de suas experiências pessoais matéria prima para seus contos.
O filme é sem dúvida, um retrato contundente da juventude (transviada?), dos dias atuais, carente de amor, intransigente e impulsiva. Geração essa que se embebeda de si mesmo para esquecer do outro. Embora como bem revele Camila, o outro é o nosso maior objetivo. O existencialista Jean Paul Sartre já sentenciou “o inferno são os outros” Quem se importa com tal afirmação?

 

Leia curiosidades sobre o filme no site https://nomepropriofilme.blogspot.com/

OBS.: O DVD já está disponível em locadoras espalhadas pelo país. Se na sua não tem, peça!