Oficina sobre o Nome próprio
A OFICINA SOBRE O NOME PRÓPRIO
Textos utilizados para leitura e discussão:
Texto "O nome próprio". In: MARTINS, Francisco. Da gênese do eu ao reconhecimento do outro. Editora UnB: Brasília, 1991.
OBS.: Texto disponível em pdf. no item "portfólio" do site.
O sentido do nome próprio
Qual é a importância que damos ao nome próprio?
O que você acha sobre isso?
Escreva suas idéias sobre o nome....
Imagine como seria se não existem nomes para designar as pessoas e nomes?
Nome: o que é isso?
Texto de referência discutido em sala de aula: "Nome: o que é isso?" in: RUSSO, M. de Fátima. O sentido do nome próprio na aprendizagem da leitura e da escrita. Editora: Olho D'água, 2000.
Se ficarmos pensando muito tempo sobre o "nome" começamos pensar e questionar sobre sua invenção. Porque acreditamos que um objeto é aquilo relacionado ao seu nome? Eu ja pensei nisso muito antes de ler esse texto, antes de pensar em cursar Pedagogia. Eu costumava pensar assim: porque a cadeira se chama cadeira? Porque essa coisa que sentamos tem que ser chamado de cadeira e não de outra coisa? Como nunca obtinha resposta, deixava a idéia de lado e ia pensar em outra coisa.
Mas ao chegar na faculdade nos deparamos com a questão do nome novamente. O nome próprio também é uma coisa engraçada. E para melhor entendermos isso e podermos conversar com mais fundamento... Precisamos ler o texto "Nome: o que é isso?"
figura 1: Fragmento retirado do texto citado acima.
PRODUÇÃO TEXTUAL
Agora é hora de colocar suas idéias para o papel: Escreva um texto com SUAS idéias sobre a Importância do Nome próprio para quem nomeia e para quem é nomeado.
Dica da Monitora
Se você já escreveu seu texto, mas depois de escrito e revisado você achou que poderia ter escrito outra coisa... então, ESCREVA!
Quando escrevemos um texto sempre terminamos quando colocamos o ponto final. Colocar o ponto final dá a idéia que o texto não pode continuar. Que não pode ser alterado.... Mas isso é algo que precisamos, o mais rápido possível, deixar de pensar e fazer assim! Pensemos que o ultimo ponto é apenas, um ponto provisório, porque o texto pode SIM, ser alterado, continuado quantas vezes você quiser. Escrever mais (depois do ponto final) não significa que o que haviamos escrito antes estava ruim, mas sim que, o que escrevemos, sempre pode ser melhorado.
Se você quiser escrever seu texto outra vez, então escreva e apresente a primeira versão do texto e a segunda (ou terceira, quarta, etc.) no seu portfólio.
Texto complementar
Teu Nome
Vinícius de Moraes
Teu nome, Maria Lúcia
Tem qualquer coisa que afaga
Como uma lua macia
Brilhando à flor de uma vaga.
Parece um mar que marulha
De manso sobre uma praia
Tem o palor que irradia
A estrela quando desmaia.
É um doce nome de filha
É um belo nome de amada
Lembra um pedaço de ilha
Surgindo de madrugada.
Tem um cheirinho de murta
E é suave como a pelúcia
É acorde que nunca finda
É coisa por demais linda
Teu nome, Maria Lúcia...
Curiosidades
Vinicius de Moraes
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A influência da primeira letra dos nomes das pessoas na sua personalidade
Com que letra começa o seu nome ? Cada letra tem um som e cada som transmite uma energia que influencia, e muito, a personalidade de uma pessoa. Procure a inicial de seu nome ou de seus amigos e descubra o que ela tem a dizer:
A - Dona(o) de uma personalidade ativa e decidida, você é uma pessoa cheia de energia, sempre pronta a se lançar em alguma aventura. Uma vida sem desafios, para você não tem a menor graça. E como também é um(a) líder nato(a), acaba arrastando os outros com o seu entusiasmo. Só tome cuidado para não se tornar um(a) cabeça dura…
B – Você é do tipo que sabe o que quer, e sempre chega lá. Embora viva em busca de prazeres, é muito preocupada com a segurança financeira. Tem hábitos enraizados, uma memória excelente e adora dividir suas experiências com alguém, de preferência com seu amor. Seu aprendizado é lento, mas profundo: depois que aprendeu, nunca mais esquece.! O lado vingativo? O risco de se tornar teimoso(a) e ciumento(a ).
C – Criativo(a), amável e expressivo (a), você é uma pessoa cheia de charme e com uma dose incrível de curiosidade. Tem a maior dificuldade de se concentrar no que está fazendo e não consegue guardar suas idéias só para você: precisa compartilhar tudo com os outros. Festas? Voce adora, e está sempre de bom astral. O único perigo é exagerar a dose e se tornar nervoso(a), quieto(a) e pouco fofoqueiro(a). Mesmo porque você adora “enfeitar” a realidade.
[...] PARA SABER MAIS, clique na palavra a seguir: mais
Grafia de Nomes Próprios
Você sabia que...
Os nomes próprios, como qualquer palavra da língua, estão sujeitos às regras ortográficas? E que portanto, existe uma forma considerada correta para se grafar esses nomes?
Na prática, apesar da vigência do Acordo Ortográfico de 1943, o cidadão pode portar o seu nome do modo como foi registrado. Além disso, muitos nomes registrados antes dessa data são escritos e aceitos à sua maneira. A alteração do nome para a forma correta pode ser requerida ao Judiciário, num processo relativamente simples. Esse recurso não se faz necessário quando o problema for simplesmente o acento gráfico: quem foi registrado sem o acento devido, ou com um acento desnecessário, pode corrigir por conta própria a grafia de seu nome, uma vez que não é um detalhe que prejudique a sua identificação civil em documentos. O acento não é levado em conta na caracterização do nome do indivíduo; por isso, o melhor é sempre acentuar de acordo com a regra de acentuação que estiver vigorando, independente do registro civil.
Observe na relação seguinte alguns nomes próprios representados de acordo com a grafia oficial:
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Sugestão de filme
Nome próprio
Camila (Leandra Leal) tem a escrita como sua grande paixão. Intensa e corajosa, ela busca criar para si uma existência complexa o suficiente para que possa escrever sobre ela. Ela escreve compulsivamente em um blog, só que isto faz com que também fique isolada.
Ficha Técnica
Título Original: Nome Próprio
Gênero: Drama
Duração: 130 min.
Lançamento: Brasil - 2008
Distribuidora: Downtown Filmes
Direção: Murilo Salles
Roteiro: Elena Soarez, Murilo
CRÍTICA - NOME PRÓPRIO - “A intensidade é uma doença contagiosa. E eu não concebo uma vida sem contágios”. Esta é uma das frases ditas por Camila (Leandra Leal) que faz com que queiramos ficar na cadeira e assistir às 2 horas de martírio no qual a protagonista está mergulhada.
Camila é intensa, inconseqüente, impulsiva. Seus valores não são os mesmos de garotas da sua idade. Embora não seja revelada a idade da personagem, supõe-se que ela não tem bagagem suficiente, para tanta intensidade. Mas isso é medido pela idade? Para Camila não há valores a serem seguidos. Apenas o desejo de ser – qualquer coisa que preencha o vazio que a domina – e o de escrever.
A protagonista camufla sua vida pessoal e a de escritora para narrar uma experiência pessoal e intransferível. A falta de amor é a mola propulsora para toda gama de frustrações que a absorve e engole seus dias. Sem passado, sem perspectiva de futuro, para que a vida tenha mais importância, o momento presente conta mais. Sua escrita é visceral, confessional e raivosa. Por vezes decadente, por ora frágil, outras imatura, o que vemos na tela é um retrato parcial de uma “galera” apaixonada por remédios, alucinógenos, bebidas alcoólicas e qualquer outro produto que os faça deixar de lado a consciência, para assim, agirem por impulso.
Deixe de lado toda a polêmica que envolve o filme de Murilo Salles e a escritora Clarah Averbuck – escritora no qual seus livros “Máquina de Pinball” e “Vida de Gato”, além de textos em seu blog, que serviu de fonte inspiradora para o roteiro – e vá ao cinema ver com os próprios olhos a descida ao inferno – parece exagero dito assim, mas não penso em outra metáfora – da garota auto-destrutiva, sem eira, nem beira.
O filme de Salles não facilita, incomoda pela crueza com que expõe sua personagem como que querendo devassar cada canto do apartamento vazio que Camila reside. Curiosamente preenchemos aquilo com tudo o que Camila não é, e nem tem. Esse paradoxo faz com que o filme inquiete o espectador, propondo assim uma revisão dos próprios valores e escolha.
Vale transar com o namorado da amiga? Vale expor fotos nuas de outra amiga na internet? Vale transar com quem não se sabe o nome? Vale curtir uma paixão on-line? Vale abusar de alguém para obter moradia e segurança? No mundo de Camila tudo vale desde que seja espontâneo e necessário, mesmo que isso a torne um simulacro de si mesma. Tão tênue é a linha que separa as duas Camilas que vemos no final, que se torna impossível desassociá-las. Somos muitos.
Qual a pior das traições? Trair um sentimento que permanece efêmero e invisível. Algo como amor e cumplicidade. Ou trair a carne, cedendo o corpo aos desejos animais mesmo que isso possa magoar o outro. Trair a si mesmo ou ao outro, o que é pior?
“Nome Próprio” é um mergulho no universo de uma escritora precoce que fez/faz de sua vida, material para sua literatura. No filme de Salles a escritora Clarah que já declarou não se vê no filme, lembra o escritor Caio Fernando Abreu, que também fazia de suas experiências pessoais matéria prima para seus contos.
O filme é sem dúvida, um retrato contundente da juventude (transviada?), dos dias atuais, carente de amor, intransigente e impulsiva. Geração essa que se embebeda de si mesmo para esquecer do outro. Embora como bem revele Camila, o outro é o nosso maior objetivo. O existencialista Jean Paul Sartre já sentenciou “o inferno são os outros” Quem se importa com tal afirmação?
Leia curiosidades sobre o filme no site https://nomepropriofilme.blogspot.com/
OBS.: O DVD já está disponível em locadoras espalhadas pelo país. Se na sua não tem, peça!